A economia capitalista teve seu nascimento no momento de fraqueza e declínio do sistema feudal e na ascensão da economia mercantil, sendo nesta a sua principal característica, a riqueza ou a acumulação do capital e a livre iniciativa no mercado.
Nessas condições o surgimento do capitalismo idealizado por Adam Smith cresceu, que seria a divisão do capital ao maior número de pessoas, configurando uma maior liberdade econômica e diversidade na economia. No entanto, Karl Marx viu nessa nova economia que a distribuição poderia ser mais eficiente com a ditadura do proletariado, na qual o trabalho assume diretamente a distribuição e equaliza a riqueza.
Na perspectiva de Amit Goswani esse modelo econômico, marxista, tente ao fracasso.
“E o fracasso deve-se basicamente ao fato de a maioria das pessoas não conseguir trabalhar muito ou de forma inteligente, quando não o faz em nome da propriedade privada e da riqueza privada” (GOSWANI, 2010, p.192).
Desta forma a economia capitalista tem como princípio, o materialismo e o consumo ilimitado, assim baseando sempre no crescimento exponencial, obrigando a existência de recursos ilimitados e uma demanda ilimitada do consumo, e esse sistema jamais poderá dá certo em um planeta com recursos naturais limitados.
“A finitude do meio ambiente é uma limitação adicional ao crescimento ilimitado do consumismo” (GOSWANI, 2010, P.192).
Esse pensamento ainda está longe de ser mudado por grande parte da população, no entanto o que podemos fazer hoje para “não nos afogarmos de tanta sede de consumir” e assim degradar ainda mais o meio ambiente? Talvez uma resposta já esteja sendo discutida e difundida pelo mundo, pois observamos uma preocupação gradativa dos governos e das pessoas sobre as questões ambientais.
Tal temor/preocupação é impulsionada pelas consequências da degradação do meio ambiente que afeta diretamente a vida humana, como a poluição dos cursos hídricos, diminuição da disponibilidade da água potável, desastres climáticos, aumento das emissões de dióxido de carbono que aumenta a intensidade do efeito estufa causando o fenômeno de aquecimento global e diversas outras respostas do planeta em virtude do atual estado de degradação.
Diante dessas condições alguns países já vêm executando ações que visem alcançar benefícios ambientais, como exemplo é o aumento das reuniões dos chefes de estado na busca por soluções sustentáveis. No ano de 2014 no dia 23 de setembro, países europeus seu reunirão e firmaram um acordo na qual irão investir US$ 1,2 bilhão em pagamentos às nações que conseguirem reduzir as taxas de desmatamento. O compromisso foi anunciado durante a Declaração de Nova York sobre Florestas.
Outros que podem ser exemplificados é o aumento de investimentos financeiros e tecnológicos. Nos últimos anos vários países como Alemanha, Bélgica, China, Portugal e o ainda o Brasil, vem investindo cada vez mais em energias renováveis e políticas voltadas para a exploração sustentável de recursos naturais, criando métodos, tecnologias e aplicando-as.
É importante ressaltar que os recursos naturais devem ser usados para o desenvolvimento do homem, no entanto devemos ter consciência e responsabilidade de como estamos usufruindo esses recursos. Você já parou pra pensar, de que forma você está contribuindo para a degradação do meio ambiente? A maioria das pessoas quando pensam em executar em ações em prol ao meio ambiente só pensam no aspecto do prejuízo financeiro, no entanto esse pensamento é muito superficial e totalmente errado.
Quando você planeja em realizar um sonho, como passar em um concurso ou mesmo abrir uma empresa, o seu principal pensamento é em relação ao tempo e recursos que serão usados para a realização deste? Quando é um sonho nos não hesitamos em medir esforços, pois sabemos que o resultado é diretamente proporcional ao esforço aplicado.
Neste sentido é que devemos pensar em relação ao nosso meio ambiente, nos vivemos em um ecossistema e tudo está interligado, onde nossas ações refletem diretamente nas condições da nossa casa, o planeta terra. Então o que individualmente cada um pode fazer?
Ações como não desmatar ou queima as florestas, combater a caça predatória, não queimar seus lixos ou folhas secas, não jogar lixo na rua ou nos rios, não despejar óleo de cozinha usado pelo ralo da pia, não despejar os óleos lubrificantes usados no solo ou rio, ou ainda podendo reservar um dia da semana para não sair de casa com seus carros, além de inúmeras outras ações.
Essas pequenas ações podem mudar o futuro que você deixará para as próximas gerações e ainda poderia ganhar dinheiro executando algumas dessas ações, já existem empresas que compram esses óleos usados assim também como alumínio, vidro e plástico. Agora pense quanto financeiramente iria gastar executando essas ações? O resultado disso seria uma cidade mais limpa? Uma cidade com menos engarrafamento?
Também, mas o verdadeiro resultado seria para a natureza, com o aumento da capacidade de resiliência, ou seja, um meio ambiente onde seria capaz de se regenerar no tempo suficiente para que as futuras gerações possam usufruir de seus recursos naturais. Somente essas ações seriam o suficiente? Também não! É importante que as grandes empresas pudessem priorizar a reutilização e a reciclagem de matérias primas, redução do uso de combustíveis fósseis e aumento do uso de energias renováveis.
No Brasil o campeão em reciclagem é o alumínio, mas existem outros em grande potencial que poderiam ser melhor aproveitadas, como plásticos, vidros e resíduos eletrônicos, e ainda dessa forma aumentando seu lucro, pois iria reduzir os custos.
Esses momentos de crises que estamos passando sempre aconteceram, em épocas diferentes e em momentos diferentes, mas tudo passa e são essas situações essenciais para evoluirmos como seres humanos. Nessas condições é válido parar e repensarmos como nos comportamos e tratamos nosso planeta. Com o cenário de degradação que se encontra o meio ambiente é fundamental que investíssemos em conhecimento, tecnologia e educação, pois só com eles vamos obter soluções para sair da crise ambiental e melhor, mudar o mundo, quebrando paradigmas, destruindo crenças limitantes (recursos naturais são infinitos) e fomentando a qualidade de vida para nós e para as futuras gerações.